Dengue em 2025, Sintomas, Tratamento, Prevenção e Quando Procurar Ajuda Médica

Consultório médico explicando sintomas, sinais de alerta e prevenção da dengue

Introdução

A dengue é uma doença infecciosa viral que se tornou uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil e em diversas partes do mundo, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue pode se apresentar de forma leve, com sintomas semelhantes a uma virose comum, ou evoluir para formas graves, com risco de complicações sérias e até óbito.

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado surtos sazonais recorrentes, com aumento expressivo dos casos, especialmente durante os períodos de calor e chuvas, que favorecem a proliferação do mosquito transmissor. Dados atualizados do Ministério da Saúde mostram que, somente nos primeiros meses deste ano, os casos de dengue já superam os registrados no mesmo período do ano anterior, refletindo um cenário de alerta máximo.

O grande desafio da dengue está tanto na prevenção, que depende do controle do vetor, quanto no diagnóstico precoce, fundamental para evitar o agravamento do quadro. A identificação dos sintomas de alerta e o acesso rápido aos serviços de saúde podem ser determinantes para um desfecho seguro.

Neste artigo, você vai entender tudo sobre a dengue: como ela é transmitida, quais são os sintomas, como diferenciar da chikungunya e zika, quando procurar ajuda médica, como é feito o tratamento e, principalmente, como se proteger. Também falaremos sobre a vacina contra a dengue, quem pode tomá-la e qual o seu papel na prevenção.

O que é a Dengue?

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus da família Flaviviridae, do gênero Flavivirus, que possui quatro sorotipos conhecidos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Isso significa que uma mesma pessoa pode ser infectada até quatro vezes ao longo da vida, uma vez para cada sorotipo.

A transmissão ocorre exclusivamente pela picada do mosquito Aedes aegypti, um vetor altamente adaptado ao ambiente urbano. Ele se reproduz em locais com água parada, limpa ou pouco poluída, como vasos de plantas, caixas d’água, pneus, calhas, garrafas e outros recipientes expostos.

Após ser picada por um mosquito infectado, a pessoa pode desenvolver desde quadros leves, parecidos com uma gripe, até formas graves, que incluem sangramentos, queda brusca da pressão arterial e, em alguns casos, risco de morte.

“De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue é uma das principais preocupações de saúde pública no Brasil, especialmente durante os períodos de maior incidência de chuvas e calor.”

Por que a dengue é tão preocupante?

O grande problema da dengue está na sua ampla disseminação e na dificuldade de controle do mosquito vetor. Além disso, quando uma pessoa contrai um sorotipo e depois adquire outro, o risco de desenvolver dengue grave (hemorrágica ou síndrome do choque da dengue) aumenta significativamente devido a um mecanismo imunológico chamado “amplificação dependente de anticorpos”.

Outro fator preocupante é a alta demanda que a dengue gera nos serviços de saúde durante os surtos, sobrecarregando hospitais, prontos-socorros e unidades básicas, principalmente nas épocas do ano com aumento de chuvas e calor.

“A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) também alerta sobre a importância da prevenção da dengue em toda a América Latina.”

Importância do conhecimento sobre os sorotipos

  • A infecção por um dos sorotipos gera imunidade permanente apenas contra aquele específico.
  • A pessoa permanece suscetível aos outros três sorotipos, podendo ter dengue mais de uma vez na vida.
  • É justamente na infecção secundária (por um sorotipo diferente do primeiro) que o risco de dengue grave se eleva.

Por isso, entender o que é a dengue e como ela se comporta é essencial não apenas para quem está passando pela doença, mas também para toda a comunidade, no sentido de prevenção, vigilância e redução dos impactos coletivos.

Como a Dengue é Transmitida?

A transmissão da dengue ocorre exclusivamente através da picada do mosquito fêmea da espécie Aedes aegypti, que se infecta ao picar uma pessoa já contaminada com o vírus. Após um período de incubação no corpo do mosquito — que varia de 8 a 12 dias —, ele passa a ser capaz de transmitir o vírus para outras pessoas por meio da sua saliva, ao picar sucessivamente diferentes indivíduos.

O ciclo de transmissão

  1. Pessoa infectada com dengue: Quando uma pessoa apresenta viremia (o vírus circulando no sangue), geralmente nos primeiros dias de febre, ela pode transmitir o vírus para o mosquito.
  2. Mosquito Aedes aegypti pica essa pessoa: O mosquito se infecta e o vírus se replica dentro do seu organismo.
  3. Após alguns dias, o mosquito se torna vetor: O mosquito permanece infectante por toda a sua vida — cerca de 30 a 45 dias —, podendo transmitir dengue a qualquer pessoa que picar.

Onde e como o Aedes aegypti se prolifera?

  • O mosquito se reproduz em água limpa e parada, presente em objetos como:
    • Pneus;
    • Pratos de vasos de plantas;
    • Caixas d’água abertas;
    • Garrafas vazias;
    • Calhas entupidas;
    • Piscinas sem manutenção.
  • É um mosquito urbano, altamente adaptado ao convívio com humanos, preferindo locais próximos às residências.
  • Tem hábito de picar principalmente durante o dia, com maior intensidade no início da manhã e no final da tarde.

Mitos e verdades sobre a transmissão

  • “Dengue passa de pessoa para pessoa” — Mito. A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. A transmissão depende exclusivamente do mosquito vetor.
  • “O mosquito só precisa de tampinhas de garrafa para se reproduzir” — Verdade. Pequenos volumes de água são suficientes para o desenvolvimento das larvas.
  • “O mosquito vive apenas em locais com esgoto” — Mito. O Aedes aegypti prefere água limpa ou pouco poluída, encontrada frequentemente dentro das próprias residências e quintais.

Risco de transmissão durante surtos

Durante os surtos, o número de pessoas infectadas e o aumento da população de mosquitos elevam significativamente o risco de transmissão, tornando os cuidados com a eliminação dos criadouros ainda mais urgentes.

Fatores de Risco e Populações Vulneráveis

A dengue pode afetar qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero ou condição de saúde. No entanto, alguns grupos apresentam maior risco para desenvolver formas graves da doença, bem como complicações que podem levar à internação ou, em casos extremos, ao óbito.

Fatores de risco individuais

  • Crianças pequenas, especialmente menores de 2 anos, que podem não manifestar todos os sinais de alerta de forma clara.
  • Idosos, devido à imunidade mais frágil e maior propensão a descompensação de doenças crônicas.
  • Pessoas com comorbidades, como:
    • Diabetes;
    • Hipertensão arterial;
    • Doenças cardíacas;
    • Doenças respiratórias crônicas;
    • Doença renal crônica;
    • Obesidade.
  • Gestantes, que correm risco tanto por conta de complicações próprias quanto pela possibilidade de transmissão vertical (para o bebê).
  • Pessoas imunossuprimidas, como portadores de HIV não controlado, transplantados ou em uso de imunossupressores.

Fatores epidemiológicos e ambientais

  • Moradores de regiões tropicais e subtropicais, onde o mosquito Aedes aegypti é altamente prevalente.
  • Períodos de maior incidência: geralmente durante e após os meses de chuvas e calor, que aumentam a quantidade de criadouros.
  • Ambientes urbanos densamente povoados, com maior concentração de resíduos, água parada e menos controle do vetor.

Infecções anteriores aumentam o risco

  • Quem já teve dengue por um sorotipo tem maior risco de desenvolver formas graves ao ser infectado por outro sorotipo, devido ao fenômeno conhecido como amplificação dependente de anticorpos.
  • Isso significa que, ao invés de proteger, os anticorpos da infecção anterior podem agravar a resposta imunológica frente a um novo sorotipo, favorecendo quadros como dengue grave, com sangramentos e choque.

Importância da vigilância em populações vulneráveis

O monitoramento mais rigoroso dessas populações, associado à identificação precoce dos sinais de alerta, é essencial para evitar a progressão da dengue para formas graves.

Sintomas da Dengue

A dengue se manifesta de forma bastante variável, desde quadros leves e autolimitados até formas graves e potencialmente fatais. Os sintomas costumam aparecer entre 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado e podem se apresentar em três fases distintas: fase febril, fase crítica e fase de recuperação.

Sintomas da fase inicial (fase febril)

Os primeiros sinais são, na maioria das vezes, confundidos com uma virose comum. Eles incluem:

  • Febre alta (geralmente acima de 38,5°C) de início súbito;
  • Dor de cabeça intensa, especialmente na região atrás dos olhos (dor retro-orbital);
  • Dores musculares e nas articulações (motivo pelo qual é conhecida como “febre quebra-ossos”);
  • Cansaço extremo, mal-estar geral e prostração;
  • Náuseas e vômitos;
  • Manchas vermelhas na pele (exantema), que podem surgir entre o segundo e o quinto dia de febre;
  • Falta de apetite e alteração do paladar;
  • Dor abdominal leve.

Sintomas de alerta (início da fase crítica)

Atenção! A fase crítica geralmente começa quando a febre cede — muitas vezes interpretada como sinal de melhora, mas que pode marcar o início de complicações. Nesta fase, surgem os sinais de alerta, que indicam risco de evolução para dengue grave:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes (três ou mais episódios em menos de 24 horas);
  • Sangramentos espontâneos, como:
    • Sangue nas gengivas;
    • Sangramento nasal;
    • Pontinhos vermelhos na pele (petéquias);
    • Sangue nas fezes ou urina;
  • Aumento súbito do fígado (dor na parte direita do abdômen);
  • Letargia, irritabilidade, sonolência excessiva;
  • Dificuldade respiratória, falta de ar ou desconforto respiratório;
  • Queda de pressão arterial, tontura ou desmaios.

Sintomas da dengue grave (complicações)

Quando os sinais de alerta não são reconhecidos e tratados a tempo, a dengue pode evoluir para formas graves, caracterizadas por:

  • Choque hipovolêmico (queda abrupta da pressão arterial) devido ao extravasamento de plasma;
  • Sangramentos internos e externos severos;
  • Insuficiência hepática, renal ou cardíaca;
  • Acúmulo de líquidos no abdômen (ascite) ou no tórax (derrame pleural);
  • Comprometimento neurológico, em casos mais raros.

Sintomas na fase de recuperação

Após a fase crítica, inicia-se a recuperação, que pode durar de 7 a 14 dias. Nessa etapa, é comum observar:

  • Melhora da dor e dos sintomas agudos;
  • Fadiga intensa e prolongada, que pode persistir por semanas;
  • Desconforto muscular;
  • Coceira intensa na pele, devido à descamação.

Diferença entre dengue, zika e chikungunya

  • Dengue: febre alta, dores intensas no corpo e olhos, risco de sangramentos.
  • Zika: febre baixa, coceira, manchas na pele e conjuntivite.
  • Chikungunya: febre alta e, principalmente, forte dor nas articulações, que pode durar meses.

Dengue Clássica x Dengue Grave (Hemorrágica)

A dengue se apresenta em dois principais espectros clínicos: dengue clássica e dengue grave (antigamente chamada de dengue hemorrágica). Saber diferenciar esses quadros é fundamental para reconhecer quando a doença exige atenção urgente e cuidados intensivos.

Dengue Clássica

A dengue clássica é a forma mais comum e, na maioria dos casos, apresenta evolução benigna. Caracteriza-se por:

  • Febre alta, de início súbito, geralmente com duração entre 2 e 7 dias;
  • Dores intensas no corpo, nas articulações e atrás dos olhos;
  • Mal-estar geral, fadiga e perda de apetite;
  • Náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele;
  • Desconforto abdominal leve.

Na dengue clássica, não há sinais de extravasamento de plasma ou comprometimento grave dos órgãos. Com hidratação adequada, repouso e acompanhamento médico, a recuperação costuma ser completa.

Dengue Grave (Dengue Hemorrágica)

A dengue pode evoluir para formas mais severas, conhecidas como dengue grave, especialmente em pessoas que já tiveram infecção anterior por outro sorotipo.

As principais características da dengue grave incluem:

  • Extravasamento de plasma sanguíneo, que leva à diminuição do volume de sangue circulante, podendo causar choque hipovolêmico;
  • Sangramentos espontâneos, como:
    • Sangue nas gengivas;
    • Hemorragias digestivas (sangue nas fezes ou vômitos com aspecto de borra de café);
    • Sangramentos nasais ou sob a pele (petéquias, hematomas espontâneos);
  • Acúmulo de líquidos no abdômen (ascite), pulmões (derrame pleural) ou coração (derrame pericárdico);
  • Insuficiência múltipla de órgãos, como fígado, rim ou coração, em casos muito graves;
  • Diminuição abrupta das plaquetas e aumento do hematócrito, indicadores laboratoriais de gravidade.

Síndrome do Choque da Dengue

A forma mais grave da dengue ocorre quando há perda severa de líquidos e plasma para fora dos vasos sanguíneos, levando a uma queda brusca da pressão arterial. Os sinais incluem:

  • Pele fria, úmida e pálida;
  • Pulso fraco e rápido;
  • Agitação ou letargia;
  • Diminuição da diurese (pouca urina ou ausência de urina);
  • Perda de consciência e risco iminente de morte, se não tratado rapidamente.

Quando a Dengue Evolui para Formas Graves?

O risco de progressão para dengue grave é maior quando:

  • É uma segunda infecção por outro sorotipo;
  • O paciente pertence a grupos vulneráveis (crianças pequenas, idosos, pessoas com comorbidades);
  • Não há hidratação adequada na fase inicial;
  • Os sinais de alerta não são reconhecidos a tempo.

A importância do reconhecimento precoce

Detectar os sinais de alerta (dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos, tontura, dificuldade respiratória) e procurar imediatamente um serviço de saúde pode ser a diferença entre um quadro controlável e uma evolução grave.

Sinais de Alerta: Quando Procurar Atendimento Médico

Identificar precocemente os sinais de alerta da dengue é absolutamente fundamental para evitar a progressão para formas graves e potencialmente fatais. Muitas complicações da dengue surgem justamente na fase em que a febre começa a baixar, o que frequentemente é confundido como sinal de melhora.

Quais são os principais sinais de alerta?

Se você ou alguém próximo estiver com dengue e apresentar qualquer um dos sintomas abaixo, deve procurar atendimento médico imediato:

  • Dor abdominal intensa e contínua, especialmente na parte superior direita do abdômen;
  • Vômitos persistentes (três ou mais episódios em menos de 24 horas);
  • Sangramentos espontâneos, como:
    • Sangue nas gengivas;
    • Sangramento nasal;
    • Pontos vermelhos na pele (petéquias);
    • Sangue nas fezes ou na urina;
  • Inchaço repentino, principalmente no abdômen, pernas ou região dos olhos;
  • Dificuldade para respirar, respiração ofegante ou desconforto respiratório;
  • Tontura, desmaios ou queda de pressão arterial;
  • Irritabilidade, sonolência excessiva ou confusão mental, especialmente em crianças e idosos;
  • Diminuição da quantidade de urina (sinal de choque iminente);
  • Frieza nas extremidades, pulso fraco e rápido.

A importância da hidratação constante

Mesmo na ausência de sinais de alerta, a hidratação agressiva (ingerir bastante água, soro, sucos naturais e água de coco) é uma das medidas mais importantes na prevenção das complicações da dengue. A maior parte dos casos de agravamento ocorre por extravasamento de plasma e desidratação severa.

Quando ir diretamente ao pronto-socorro?

  • Ao apresentar qualquer sinal de alerta, mesmo sem febre no momento;
  • Se estiver com dificuldade para manter a hidratação (náuseas e vômitos constantes);
  • Se houver dor abdominal intensa, sangramentos ou sinais de descompensação;
  • Se pertencer a grupos de risco: crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas.

Monitoramento na fase crítica

A fase crítica da dengue geralmente ocorre entre o 3º e o 6º dia do início dos sintomas, quando a febre começa a ceder. Este é o momento mais perigoso para desenvolvimento de complicações e requer acompanhamento diário, preferencialmente com avaliação médica e exames laboratoriais (hemograma) para monitorar plaquetas, hematócrito e sinais de gravidade.

Diagnóstico da Dengue

O diagnóstico da dengue é feito pela combinação de avaliação clínica detalhada e exames laboratoriais específicos, especialmente nas fases iniciais da doença. A confirmação da dengue, além de orientar o tratamento adequado, é fundamental para diferenciar de outras infecções que podem ter sintomas semelhantes, como chikungunya, zika, gripe ou até COVID-19.

Diagnóstico clínico

O primeiro passo é sempre a avaliação dos sinais e sintomas. O médico considera:

  • Presença de febre alta;
  • Histórico de dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas na pele e mal-estar;
  • Avaliação dos sinais de alerta, que indicam risco de evolução para formas graves;
  • Histórico epidemiológico: se o paciente reside em área com alta incidência de dengue, casos no bairro ou surtos na região.

“Em casos de febre persistente, é importante considerar também outras causas além da dengue. Veja nosso artigo completo sobre Febre de Origem Indeterminada para entender mais.”

Diagnóstico laboratorial

Existem dois principais grupos de exames para confirmar a dengue: testes diretos e testes sorológicos.

Testes diretos (fase inicial da doença)

São indicados nos primeiros cinco dias após o início dos sintomas, quando o vírus ainda circula no sangue.

  • Teste NS1 (Antígeno NS1): Detecta a presença do antígeno viral. Tem alta sensibilidade no início da doença e pode confirmar a infecção rapidamente.
  • RT-PCR para Dengue: Detecta diretamente o material genético do vírus. É o exame mais sensível e específico, capaz de identificar também o sorotipo (DENV-1, 2, 3 ou 4).

Testes sorológicos (após o 6º dia de sintomas)

Detectam os anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção:

  • IgM para dengue: Surge geralmente após o 5º dia de sintomas, indicando infecção recente.
  • IgG para dengue: Indica infecção passada. Se estiver muito elevado junto com o IgM, pode sugerir uma infecção secundária, que tem maior risco de evolução grave.

Hemograma: exame indispensável na dengue

O hemograma não confirma o diagnóstico, mas é essencial para monitorar a evolução da doença. Ele permite avaliar:

  • Plaquetas: Tendem a cair durante a evolução da dengue. Níveis abaixo de 100.000/mm³ são sinais de alerta.
  • Hematócrito: Se ele estiver elevado, pode indicar extravasamento de plasma, sinal clássico de progressão para dengue grave.
  • Leucócitos: Costumam estar reduzidos (leucopenia), o que é comum em infecções virais.

Diagnóstico diferencial

É fundamental diferenciar a dengue de outras doenças que também cursam com febre e sintomas semelhantes, como:

  • Chikungunya (principalmente pela dor articular intensa e prolongada);
  • Zika (mais associado a manchas na pele, coceira e conjuntivite);
  • Leptospirose;
  • Febre amarela;
  • COVID-19 e outras viroses.

O médico utiliza tanto critérios clínicos quanto laboratoriais para excluir essas possibilidades e confirmar a dengue.

“Algumas infecções de pele, como erisipela e celulite, também podem cursar com febre e desconforto, mas possuem causas e tratamentos diferentes.”

Tratamento da Dengue

Não existe, até o momento, um tratamento específico capaz de eliminar o vírus da dengue. O manejo da doença é baseado no alívio dos sintomas, na hidratação rigorosa e na vigilância clínica para evitar complicações. Quando a dengue é diagnosticada precocemente e o tratamento de suporte é seguido corretamente, a maioria dos casos evolui de forma favorável.

Tratamento da Dengue Clássica

  • Hidratação intensiva: É o principal pilar do tratamento. A dengue provoca perda significativa de líquidos, por isso é fundamental ingerir:
    • Água;
    • Soro caseiro ou soro de farmácia;
    • Água de coco;
    • Suco natural;
    • Caldos e sopas leves.

A recomendação é ingerir no mínimo 60 a 80 ml/kg de líquidos por dia, ajustando de acordo com idade, peso e tolerância.

  • Repouso absoluto: Durante o período de febre e nos dias seguintes.
  • Controle da febre e da dor: Utilizar paracetamol (dipirona também pode ser utilizada no Brasil), sempre respeitando as doses recomendadas.
  • Acompanhamento diário: É essencial, especialmente durante a fase crítica (quando a febre começa a ceder), realizar acompanhamento médico com avaliação clínica e, quando indicado, hemograma para monitoramento de plaquetas e hematócrito.

Medicamentos proibidos na dengue

Nunca utilize:

  • Ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina);
  • Anti-inflamatórios (ibuprofeno, diclofenaco, nimesulida, cetoprofeno, etc.);
  • Outros anticoagulantes.

Esses medicamentos aumentam significativamente o risco de sangramentos, que podem agravar o quadro e levar a complicações graves.

Tratamento da Dengue com Sinais de Alerta

  • Hidratação deve ser feita, muitas vezes, por via intravenosa (soro na veia), sob supervisão médica.
  • Internação hospitalar pode ser necessária para:
    • Monitoramento dos sinais vitais;
    • Controle rigoroso do equilíbrio dos líquidos;
    • Intervenção rápida em caso de agravamento.

Tratamento da Dengue Grave

  • Internação obrigatória em hospital, muitas vezes em unidade de terapia intensiva (UTI).
  • Hidratação venosa ajustada com muito rigor — tanto a falta quanto o excesso de líquidos são perigosos nessa fase.
  • Transfusões de plaquetas, plasma ou outros hemoderivados podem ser necessárias em casos de sangramentos graves.
  • Suporte para disfunções de órgãos, como hemodiálise (se houver insuficiência renal), suporte ventilatório ou tratamento de choque.

Quando é possível tratar em casa?

O tratamento domiciliar é possível quando:

  • Não há sinais de alerta;
  • O paciente consegue se hidratar adequadamente;
  • Há acesso fácil e rápido a serviços de saúde em caso de piora;
  • Está sob acompanhamento diário, preferencialmente com acompanhamento médico presencial ou por telemedicina.

Complicações Possíveis

Embora a maioria dos casos de dengue evolua de forma benigna, especialmente quando há diagnóstico e manejo corretos, a doença pode, sim, causar complicações graves, principalmente quando os sinais de alerta não são reconhecidos a tempo ou em pessoas pertencentes aos grupos de risco.

Principais complicações da dengue

1.  Choque hipovolêmico (Síndrome do Choque da Dengue)

Ocorre quando há extravasamento severo de plasma para fora dos vasos sanguíneos, resultando em queda brusca da pressão arterial e risco iminente de morte. É a complicação mais grave e urgente da dengue.

Sinais de choque incluem:

  • Pulso fraco e acelerado;
  • Pele fria, úmida e pálida;
  • Tontura, desmaio ou perda de consciência;
  • Queda acentuada da pressão arterial;
  • Diminuição ou ausência de urina.

2.  Sangramentos severos (hemorragias)

  • Sangramentos digestivos (vômito com sangue ou fezes negras como borra de café);
  • Hemorragias gengivais, nasais ou sob a pele (hematomas espontâneos);
  • Sangramentos internos, muitas vezes imperceptíveis no início, mas extremamente perigosos.

3.  Acúmulo de líquidos em cavidades

  • Derrame pleural (líquido nos pulmões);
  • Ascite (líquido no abdômen);
  • Derrame pericárdico (líquido ao redor do coração); Esses acúmulos podem causar desconforto respiratório, dor e piora do estado geral.

4.  Insuficiência de órgãos

  • Fígado: hepatite grave, insuficiência hepática, elevação acentuada das enzimas (TGO/TGP);
  • Rins: insuficiência renal aguda, com diminuição ou ausência de urina;
  • Coração: miocardite (inflamação do músculo cardíaco), arritmias;
  • Sistema nervoso: em casos mais raros, encefalite, convulsões ou alterações do nível de consciência.

5.  Fadiga prolongada e síndrome pós-dengue

Mesmo após a recuperação, muitos pacientes relatam:

  • Cansaço extremo, indisposição e falta de energia, que podem persistir por semanas ou até meses;
  • Dores musculares e articulares persistentes;
  • Queda de cabelo e alterações de pele.

Embora não sejam complicações graves, essas manifestações impactam significativamente a qualidade de vida no período pós-doença.

A chave para evitar complicações é o acompanhamento

Grande parte dessas complicações pode ser prevenida com hidratação rigorosa, detecção precoce dos sinais de alerta e acompanhamento diário, especialmente durante a fase crítica (3º ao 6º dia de sintomas).

Prevenção da Dengue

A dengue, diferentemente de muitas outras doenças infecciosas, não possui um tratamento específico e depende fortemente da prevenção, especialmente no controle do vetor — o mosquito Aedes aegypti. A eliminação dos criadouros, associada a hábitos de proteção pessoal, é a estratégia mais eficaz para interromper o ciclo de transmissão.

Combate ao mosquito: responsabilidade de todos

O mosquito se reproduz em água limpa e parada, e grande parte dos focos está dentro das próprias residências e ambientes urbanos.

Principais medidas para eliminar criadouros:

  • Esvaziar, tampar ou eliminar objetos que acumulem água, como baldes, pneus, garrafas, vasos e pratos de plantas.
  • Manter caixas d’água, cisternas e reservatórios bem vedados.
  • Limpar calhas, ralos, lajes e áreas que possam acumular água de chuva.
  • Desentupir canos e verificar locais pouco usados, como bandejas de ar-condicionado e geladeira.
  • Evitar acúmulo de lixo, entulhos e recipientes descartáveis em áreas abertas.

Cuidado com os mitos:

  • “Água suja não transmite dengue” — Mito. O mosquito se reproduz preferencialmente em água limpa, mas pode se adaptar à água com algum grau de matéria orgânica.
  • “Basta não ter plantas” — Mito. Plantas não são vilãs. O problema está nos pratinhos ou recipientes que acumulam água.

Proteção pessoal: evite picadas

  • Utilize repelentes regularmente, reaplicando conforme as instruções do fabricante (principalmente após banhos, suor intenso ou ao longo do dia).
  • Vista roupas de mangas longas e calças compridas, especialmente ao amanhecer e no final da tarde, horários de maior atividade do Aedes aegypti.
  • Instale telas em portas e janelas e, se possível, use mosquiteiros sobre camas.
  • Use aparelhos elétricos repelentes e inseticidas ambientais, quando indicado.

Medidas coletivas são essenciais

  • Participar de mutirões comunitários para limpeza e eliminação de criadouros.
  • Denunciar terrenos baldios ou imóveis abandonados com foco de mosquito às autoridades sanitárias locais.
  • Incentivar familiares, vizinhos e colegas a manterem os ambientes livres de recipientes com água parada.

A dengue não é responsabilidade só do governo:

É um dever coletivo, que envolve desde o poder público até cada cidadão. Pequenas atitudes diárias, como observar vasos de plantas ou descartar corretamente recipientes, fazem enorme diferença na redução dos casos.

A Vacina Contra a Dengue

Nos últimos anos, a chegada da vacina contra a dengue trouxe uma nova ferramenta fundamental no combate à doença. Embora a vacinação não substitua as medidas de controle do mosquito, ela representa um avanço significativo na redução de casos graves, hospitalizações e óbitos.

Quais vacinas estão disponíveis no Brasil?

Atualmente, existem duas vacinas principais aprovadas para uso no Brasil:

1.  Dengvaxia® (Sanofi Pasteur) — Descontinuada em fevereiro de 2025

  • Foi a primeira vacina contra dengue no mundo, desenvolvida pela Sanofi Pasteur.
  • Importante: a Sanofi descontinuou globalmente a produção e comercialização da Dengvaxia® em fevereiro de 2025, encerrando sua disponibilidade no mercado.
  • Quando estava ativa, sua indicação era restrita para pessoas de 9 a 45 anos com infecção prévia comprovada por dengue.
  • Essa restrição existia porque, em pessoas sem histórico de dengue, a vacina poderia aumentar o risco de desenvolver formas graves da doença.

2.  Qdenga® (Takeda) — A vacina atualmente disponível

  • Aprovada no Brasil em 2023, é a vacina que permanece em uso atualmente.
  • Indicação: pessoas de 4 a 60 anos, independentemente de terem tido dengue anteriormente ou não.
  • Proporciona proteção contra os quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
  • O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
  • A Qdenga® está sendo gradualmente incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), com priorização para regiões de maior risco epidemiológico.

Onde se vacinar?

Além dos postos públicos onde a vacinação está sendo implantada de forma gradual, também é possível receber a vacina em clínicas privadas especializadas. A Clínica de Vacinação Saúde Livre Higienópolis oferece o imunizante Qdenga® de forma acessível e com estrutura especializada para quem busca proteção contra a dengue.

A vacina elimina o risco de dengue?

Não.

A vacina reduz significativamente o risco de desenvolver casos sintomáticos, formas graves e hospitalizações, mas não oferece 100% de proteção contra infecções. Portanto, mesmo vacinados, as pessoas devem continuar adotando as medidas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti.

Quem deve tomar a vacina?

  • Pessoas que vivem em áreas de alta incidência de dengue;
  • Quem nunca teve dengue, especialmente com a Qdenga®;
  • Quem já teve dengue e deseja reforçar sua proteção contra os outros sorotipos;
  • Pessoas dentro das faixas etárias aprovadas (4 a 60 anos para Qdenga® e 9 a 45 anos para Dengvaxia®, com infecção prévia confirmada).

Contraindicações da vacina

  • Gestantes e lactantes (até que mais estudos estejam disponíveis);
  • Imunossuprimidos, salvo avaliação médica especializada;
  • Alergia grave a qualquer componente da vacina.

A vacina no SUS

O Ministério da Saúde iniciou, em 2024, a vacinação pelo SUS com a Qdenga®, priorizando:

  • Crianças e adolescentes de 10 a 14 anos;
  • Moradores de municípios com alta transmissão de dengue.

A expansão ocorrerá gradualmente, conforme disponibilidade de doses e priorização epidemiológica.

A vacina é uma aliada, não uma substituta

Mesmo com o avanço da vacinação, o controle dos criadouros e a proteção contra picadas continuam sendo indispensáveis. A vacina complementa, mas não substitui, as medidas tradicionais de combate à dengue.

Dengue e Outras Arboviroses

A dengue faz parte de um grupo de doenças chamadas arboviroses, que são transmitidas por mosquitos. No Brasil, além da dengue, as principais arboviroses são a zika e a chikungunya, ambas transmitidas pelo mesmo mosquito: o Aedes aegypti. Por isso, não é raro que essas doenças ocorram simultaneamente em uma mesma região, inclusive em uma mesma pessoa.

“Assim como outras infecções emergentes, como a Mpox (Monkeypox), a dengue exige atenção e acompanhamento especializado.”

Como diferenciar dengue, zika e chikungunya?

Embora compartilhem alguns sintomas, cada arbovirose possui características clínicas específicas:

DoençaSintomas predominantesSinais diferenciadores
DengueFebre alta, dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas, mal-estarMaior risco de sangramentos, queda de plaquetas e choque.
ChikungunyaFebre alta, dor articular intensa e incapacitante, inchaçoA dor nas articulações pode durar semanas ou meses.
ZikaFebre baixa, manchas vermelhas, coceira intensa, conjuntiviteQuadro mais leve, risco para gestantes (microcefalia).

Coinfecção: é possível ter dengue, zika e chikungunya ao mesmo tempo?

Sim.

O mesmo mosquito pode estar infectado com mais de um vírus. É possível que uma pessoa seja infectada por dengue e chikungunya, ou dengue e zika simultaneamente. Nesses casos, o quadro pode ser mais intenso, prolongado e desafiador do ponto de vista clínico.

Por que é importante diferenciar?

  • Manejo e tratamento diferem, especialmente em chikungunya, que exige foco na dor articular de longo prazo.
  • Zika tem impacto importante em gestantes, devido ao risco de microcefalia e malformações congênitas.
  • A dengue tem risco maior de evolução para sangramentos, choque e insuficiência de órgãos, exigindo monitoramento mais rigoroso das plaquetas e do hematócrito.

Como confirmar o diagnóstico?

  • Além da avaliação clínica, o médico pode solicitar exames específicos, como:
    • PCR para dengue, zika e chikungunya;
    • Sorologias específicas para IgM/IgG;
    • Teste de antígeno NS1 para dengue (nas fases iniciais).

Em caso de dúvidas clínicas, é comum que o infectologista avalie também o contexto epidemiológico (quais vírus estão circulando na região naquele momento).

Acompanhamento Médico Durante e Após a Dengue

A dengue não é uma doença que pode ser negligenciada. O acompanhamento médico é fundamental tanto durante o quadro agudo quanto no período de recuperação, especialmente para prevenir complicações e garantir uma recuperação completa e segura.

Acompanhamento durante a fase aguda

  • Avaliações diárias são fundamentais, principalmente entre o 3º e o 6º dia de sintomas, período crítico em que há maior risco de complicações.
  • Monitoramento rigoroso de:
    • Plaquetas — risco aumentado quando abaixo de 100.000/mm³;
    • Hematócrito — se elevado, indica extravasamento de plasma e risco de choque;
    • Sinais vitais: pressão, frequência cardíaca, diurese, estado de consciência.
  • Acompanhamento pode ser ambulatorial se o quadro for leve e o paciente estiver hidratando bem, sem sinais de alerta.
  • Em casos com sinais de alerta ou dificuldade de hidratação, internação é necessária.

Acompanhamento após a fase crítica

Após o desaparecimento da febre e melhora dos sintomas agudos, muitos pacientes entram na fase de recuperação, que pode durar de 7 a 14 dias, e em alguns casos, até semanas.

É comum persistirem sintomas como:

  • Fadiga intensa e prolongada;
  • Dores musculares e articulares residuais;
  • Queda de cabelo temporária;
  • Alterações de pele, como descamação e coceira;
  • Oscilação emocional ou sensação de mal-estar geral.

Cuidados no pós-dengue

  • Hidratação contínua, mesmo após melhora dos sintomas;
  • Alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais, proteínas e líquidos;
  • Evitar atividades físicas intensas, especialmente nas primeiras duas semanas após a doença;
  • Retornar ao médico para reavaliação, especialmente se persistirem sintomas como cansaço excessivo, dor abdominal, tontura ou sangramentos;
  • Monitorar exames laboratoriais, caso recomendado, para garantir que plaquetas, hematócrito e enzimas hepáticas estejam normalizados.

Quando é seguro voltar à rotina?

  • A volta às atividades profissionais, físicas e escolares deve ser feita gradualmente, respeitando os limites do corpo.
  • Em geral, quando o paciente está sem febre há alguns dias, com boa hidratação, sem dor significativa e com exames laboratoriais dentro da normalidade, já é possível retomar a rotina.

O papel do infectologista

O acompanhamento por um infectologista garante:

  • Avaliação mais precisa da evolução da doença;
  • Orientação sobre sinais de alerta específicos;
  • Interpretação adequada dos exames;
  • Planejamento seguro da recuperação e prevenção de complicações.

Conclusão

A dengue continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e em diversos países tropicais. Apesar de ser uma doença que muitas vezes se apresenta de forma leve, ela possui potencial para complicações graves, especialmente se os sinais de alerta não forem reconhecidos a tempo.

Por isso, é fundamental que toda a população esteja bem informada sobre como a doença é transmitida, quais são seus sintomas, quando procurar ajuda médica e, principalmente, como se prevenir. O combate ao mosquito Aedes aegypti segue sendo a ferramenta mais poderosa para reduzir os casos de dengue e outras arboviroses.

A boa notícia é que a ciência avança: além das medidas de controle ambiental e uso de repelentes, agora contamos com vacinas que podem ajudar a reduzir significativamente os casos graves e hospitalizações.

Se você está com sintomas de dengue ou pertence a grupos de risco, não hesite em procurar avaliação médica especializada. O acompanhamento adequado é a chave para garantir uma evolução segura e evitar complicações.

Cuidar da sua saúde e da sua comunidade é um ato de responsabilidade e de amor. A dengue pode ser evitada — e quando diagnosticada precocemente, tem cura.


Perguntas Frequentes (FAQs)

1. A dengue pode ser transmitida de pessoa para pessoa?

Não. A transmissão ocorre exclusivamente através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Não há transmissão direta entre pessoas.


2. Quanto tempo duram os sintomas da dengue?

Em geral, a fase aguda da dengue dura de 7 a 10 dias, sendo que a febre costuma desaparecer após 4 a 7 dias. No entanto, o cansaço e a fadiga podem persistir por semanas após a recuperação.


3. A dengue tem tratamento específico?

Não. O tratamento é sintomático, com foco em hidratação intensa, controle da febre e dor, além de acompanhamento rigoroso para evitar complicações. Medicamentos como anti-inflamatórios e AAS são proibidos.


4. Quais os cuidados mais importantes durante a infecção?

  • Hidratação constante;
  • Repouso absoluto;
  • Evitar medicamentos que aumentam risco de sangramentos;
  • Monitorar sinais de alerta e procurar atendimento médico se eles surgirem.

5. Quem teve dengue uma vez pode ter novamente?

Sim. Existem quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Ter dengue por um deles gera imunidade apenas para aquele específico. Se contrair outro sorotipo no futuro, há risco maior de desenvolver formas graves da doença.

Está com sintomas de dengue?

A avaliação médica especializada é fundamental para um diagnóstico preciso, acompanhamento seguro e prevenção de complicações. Agende sua consulta presencial ou por telemedicina com o Dr. Cesar Barros, médico infectologista.

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